Fósseis
(do latim fossilis) são os restos materiais de antigos organismos,
a que se dá o nome de somatofóssil
(fig. 1 – osso de hominídeo) ou as manifestações da sua atividade, (fig. 2 – ovos de dinossauro), a que se dá a
designação de icnofóssil,
que ficaram conservados nas rochas ou em outros fósseis.
Fig. 1 |
Fig. 2 |
Para que se forme um fóssil é necessário que as evidências
sofram uma série de transformações químicas e físicas ao longo de um período de
tempo. Assim, só se consideram fósseis os vestígios orgânicos com mais de
13.000 anos (idade aproximada da última glaciação do Quaternário).
A fossilização é o conjunto de fenómenos físicos e químicos que permitem a formação de um fóssil. No entanto, é um fenómeno muito raro na Natureza, porque, habitualmente, quando os seres vivos morrem, entram em decomposição.
Existem vários processos de fossilização, mas, em regra, o
processo de fossilização para um organismo (simplificado) é o seguinte:
1º - o ser vivo morre
2º - o organismo é decomposto por bactérias/fungos que
degradam a matéria orgânica;
3º - o organismo pode
passar por vários processos (desarticulação, transporte) e depois é coberto por
sedimentos, o que o leva a ficar soterrado posteriormente.
(NOTA: pode não passar por esses processos e ser logo
coberto por sedimentos)
4º - o organismo
passa pelo processo de diagénese (compactação e cimentação)
Os outros processos de
fossilização são os seguintes:
Conservação: consiste na conservação integral ou parcial ser
vivo/marca da sua atividade na resina (ex fig 8) ou gelo (ex fig 9). É o tipo
mais comum de fossilização.
Fig. 8 |
Fig. 9 |
Moldagem:
Baseia-se na impressão de um molde em sedimentos finos de um organismo/partes
dele ou da sua atividade(fig 10). Mesmo que o organismo desapareça, o seu molde
permanece.
Fig. 10- esquema simplificado do processo de moldagem |
Fig. 11- molde interno de uma Turritella |
Fig. 12- molde externo de uma Turritella |
Fig. 13- pegada de um pequeno mamífero |
Fig. 14- pegada de dinossauro |
Fig. 15- vestígios vegetais com escala |
Fig. 16- vestígios vegetais numa rocha |
Fig. 17- restos animais |
Fig. 18- asa de "Anchiornis huxleyi" |
Mineralização: Processo de fossilização em que a matéria orgânica do organismo é comutada por minerais e realiza-se da seguinte forma: o ser vivo depois de morrer é envolvido por sedimentos que sofrem compressão, após serem depositadas mais camadas de sedimentos por cima destes, e a matéria orgânica é transformada em minerais, tais como a calcite, a sílica que substitui esta matéria orgânica que constitui as partes duras- conchas( fig. 19,20), garras, dentes (fig. 21), troncos, raízes- do organismo.
Fig. 19 |
Fig. 20- amonite |
Fig. 21- dente de tubarão fossilizado |
Bibliografia: (http://fossil.uc.pt/
http://webpages.fc.ul.pt/~cmsilva/Paleotemas/Fossil/Fossil.htm)
Correlação Geológica:
O conceito de correlação é usado em estratigrafia e geralmente com uma conotação temporal. Correlação é definida como sendo uma demonstração de equivalência de dois ou mais fenómenos geológicos em áreas distintas.
A correlação estratigráfica consiste em comparar vários tipos de estratos, de intervalo de tempo semelhante, definindo uma equivalência entre os níveis e/ou superfícies de estratificação reconhecíveis.
Existem vários tipos de correlação, das quais a que estamos a tratar é a Biocorrelação.
Biocorrelação:
Procura estabelecer uma correspondência entre dois níveis de fósseis, com base na presença de determinados fósseis e da sua posição bioestratigrafica. A biocorrelação rege-se pelos biohorizontes da primeira aparição até à última presença de fósseis característicos, em diferentes secções estratigráficas.
Fig. 1- Biocorrelação |
http://fossilvivo.blogspot.pt/2008/12/correlao-geolgica.html)
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