quarta-feira, 5 de junho de 2013

Fossilis

Fósseis (do latim fossilis) são os restos materiais de antigos organismos, a que se dá o nome de somatofóssil (fig. 1 – osso de hominídeo) ou as manifestações da sua atividade, (fig. 2 – ovos de dinossauro), a que se dá a designação de icnofóssil, que ficaram conservados nas rochas ou em outros fósseis.

Fig. 1
Fig. 2
Para que se forme um fóssil é necessário que as evidências sofram uma série de transformações químicas e físicas ao longo de um período de tempo. Assim, só se consideram fósseis os vestígios orgânicos com mais de 13.000 anos (idade aproximada da última glaciação do Quaternário).



Fig.3 Macro e Microfósseis



A fossilização é o conjunto de fenómenos físicos e químicos que permitem a formação de um fóssil. No entanto, é um fenómeno muito raro na Natureza, porque, habitualmente, quando os seres vivos morrem, entram em decomposição.
Existem vários processos de fossilização, mas, em regra, o processo de fossilização para um organismo (simplificado) é o seguinte:
1º -  o ser vivo morre

2º - o organismo é decomposto por bactérias/fungos que degradam a matéria orgânica;


3º - o organismo pode passar por vários processos (desarticulação, transporte) e depois é coberto por sedimentos, o que o leva a ficar soterrado posteriormente.
(NOTA: pode não passar por esses processos e ser logo coberto por sedimentos)




4º -  o organismo passa pelo processo de diagénese (compactação e cimentação) 



Os outros processos de fossilização são os seguintes:
Conservação: consiste na conservação integral ou parcial ser vivo/marca da sua atividade na resina (ex fig 8) ou gelo (ex fig 9). É o tipo mais comum de fossilização.

Fig. 8

Fig. 9
Moldagem: Baseia-se na impressão de um molde em sedimentos finos de um organismo/partes dele ou da sua atividade(fig 10). Mesmo que o organismo desapareça, o seu molde permanece.

Fig. 10- esquema simplificado do processo de moldagem

Fig. 11- molde interno de uma Turritella


Fig. 12- molde externo de uma Turritella
Impressão: Marcas que os organismos deixam nos sedimentos onde passaram ou onde foram soterrados; Os melhores exemplos deste processo são as pegadas (fig. 13, 14), restos de vestígios vegetais (fig.15, 16), restos e asas (fig. 17, 18).

Fig. 13- pegada de um pequeno mamífero

Fig. 14- pegada de dinossauro
Fig. 15- vestígios vegetais com escala
Fig. 16- vestígios vegetais numa rocha
Fig. 17- restos animais
Fig. 18- asa de "Anchiornis huxleyi"

MineralizaçãoProcesso de fossilização em que a matéria orgânica do organismo é comutada por minerais e realiza-se da seguinte forma: o ser vivo depois de morrer é envolvido por sedimentos que sofrem compressão, após serem depositadas mais camadas de sedimentos por cima destes, e a matéria orgânica é transformada em minerais, tais como a calcite, a sílica que substitui esta matéria orgânica que constitui as partes duras- conchas( fig. 19,20), garras, dentes (fig. 21), troncos, raízes- do organismo.


Fig. 19
Fig. 20- amonite
Fig. 21- dente de tubarão fossilizado


Bibliografia: (http://fossil.uc.pt/
http://webpages.fc.ul.pt/~cmsilva/Paleotemas/Fossil/Fossil.htm)


Correlação Geológica:

O conceito de correlação é usado em estratigrafia e geralmente com uma conotação temporal. Correlação é definida como sendo uma demonstração de equivalência de dois ou mais fenómenos geológicos em áreas distintas.


A correlação estratigráfica consiste em comparar vários tipos de estratos, de intervalo de tempo semelhante, definindo uma equivalência entre os níveis e/ou superfícies de estratificação reconhecíveis.
Existem vários tipos de correlação, das quais a que estamos a tratar é a Biocorrelação.

Biocorrelação:


Procura estabelecer uma correspondência entre dois níveis de fósseis, com base na presença de determinados fósseis e da sua posição bioestratigrafica. A biocorrelação rege-se pelos biohorizontes da primeira aparição até à última presença de fósseis característicos, em diferentes secções estratigráficas.


Fig. 1- Biocorrelação
 Bibliografia: (https://www.google.pt/search?q=biocorrela%C3%A7%C3%A3o&bav=on.2,or.r_cp.r_qf.&bvm=bv.47883778,d.ZWU&biw=1366&bih=643&um=1&ie=UTF-8&hl=en&tbm=isch&source=og&sa=N&tab=wi&ei=16W5UYTQKuaS7Aaor4GoCA#facrc=_&imgrc=gzrzfzTqjinLhM%3A%3BXTX6RWFGdhixLM%3Bhttp%253A%252F%252F4.bp.blogspot.com%252F-e5GAJ3AkVQ0%252FUOisUgxKLqI%252FAAAAAAAAADE%252F1nB_LV9tY44%252Fs1600%252Fbiocorrelac%25CC%25A7a%25CC%2583o.png%3Bhttp%253A%252F%252Festratfct012.blogspot.com%252F2013%252F01%252Fcorrelacao-geologica.html%3B320%3B235
http://fossilvivo.blogspot.pt/2008/12/correlao-geolgica.html)

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